segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Diarreia: o que fazer?
Neste verão estamos tendo um surto de diarreia. Mas vocês sabem como realmente agir nesse caso?
A diarreia aguda é o aumento súbito do número de evacuações associada a alteração da consistência das fezes, geralmente líquidas, com duração de até 14 dias, mas que geralmente se resolve em até 5 dias.
Normalmente é causada por vírus ( já diagnostiquei vários casos de hepatite A nesse verão - por isso não deixem de dar a vacina - confiram as informações no post sobre vacinas contra hepatite A ), bactérias e parasitas através da transmissão fecal-oral por alimentos contaminados ou higiene inadequada. Tais microorganismos produzem toxinas que inibem a absorção de água pelo intestino. Mas também pode ser causada por excesso de alimentos, principalmente os gordurosos.
Além do aumento do volume fecal, pode-se também apresentar febre, cólica intestinal, flatulência, náuseas e vômitos. Porém é importante ficar atento a alguns sinais de alerta como persistência dos sintomas por mais de 3 semanas e presença de sangue ou muco nas fezes. Essas alterações podem significar outra doença além de uma infecção como alergia ou intolerância alimentar e doença inflamatória intestinal, o que merece investigação cuidadosa e acompanhamento médico para tratamento adequado.
Mais de 90% das diarreias tem resolução espontânea e não exige investigação do agente infeccioso. O tratamento da diarreia aguda baseia-se em hidratação, dieta e sintomáticos. NÃO PODEMOS MEDICAR COM O INTUITO DE CORTAR A DIARREIA!!!!!
Por isso sigam o seguinte roteiro:
- hidratação adequada: ofereça água várias vezes durante o dia a fim de evitar a desidratação. Água de côco, chá, suco e soro de reidratação também podem ser utilizados ( veja abaixo como fazer o soro caseiro, mas há várias opções no mercado com sabores mais agradáveis ).
- dieta adequada: apesar de não alterarem a velocidade da cura da diarreia, algumas pessoas se sentem melhor evitando alimentos gordurosos e ricos em fibras, leite, café e álcool. Procure oferecer dietas leves em pequenas porções e com maior frequência.
- sintomáticos: analgésicos, antitérmicos, anti-eméticos e anti-gases podem ser necessários.
- reposição da flora intestinal: com a mucosa intestinal inflamada e com as evacuações frequentes, geralmente há diminuição da flora bacteriana saudável do intestino, o que dificulta ainda mais a absorção de água. Há no mercado hoje em dia diversas opções de compostos que visam repor a flora intestinal e a prática nos mostra resultados animadores.
A prevenção continua sendo o melhor remédio!
- beba somente água filtrada e evite usar gelos de locais desconhecidos ou com pouca higiene
- lave sempre bem as mãos, assim como as frutas e verduras
- armazene os alimentos de forma adequada, principalmente durante o calor
Fiquem atentos!
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