terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Tudo sobre meningite!



Olá papais e mamães! Hoje vamos falar sobre meningite, essa doença que tanto assusta a todos nós!

O QUE É MENINGITE?
É a inflamação da meninge, membrana que reveste o encéfalo e a medula espinhal.


QUAL A CAUSA E COMO É TRANSMITIDA?
As principais causas são os vírus e bactérias que são transmitidos pelo ar e através do contato com a saliva e secreções das vias aéreas superiores da pessoa contaminada. Por isso, lavar sempre as mãos e evitar colocá-las na boca é tão importante, além de evitar ambientes fechados e com muita gente. Outra porta de entrada são as otites e infeções de pele profundas na região da face.

EXISTE VACINA CONTRA MENINGITE?
As bactérias mais comuns são o meningococo C, o pneumococo e o Haemophilus influenzae tipo b, que possuem vacinas, inclusive na rede pública de saúde ( confira os posts sobre a Semana Especial de Vacinas ). Mas existem outras bactérias menos comuns e os vírus, que não possuem vacina.

QUAIS OS SINTOMAS?
Os principais sintomas são dor de cabeça, febre e vômitos. Confusão mental, convulsão e sonolência podem aparecer nos casos mais graves.
Ao exame físico, a criança costuma apresentar rigidez de nuca associada a flexão dos membros inferiores e pode apresentar manchas arroxeadas pelo corpo.






O diagnóstico é realizado através da punção e análise do líquor, líquido que envolve o encéfalo e a medula espinhal. É um exame rápido e pouco dolorido, apesar de geralmente assustar os pais e as crianças.



QUAL O TRATAMENTO?
Se a causa for bacteriana, é necessária internação para antibioticoterapia endovenosa. Já se a infecção for viral, a internação ocorre apenas se a criança não estiver em bom estado geral, com muitos vômitos e dor.

INFORMAÇÕES GERAIS!!!
- os sintomas costumam aparecer até 72h após o contato com o agente infeccioso. Por isso, se o seu filho estuda com alguma criança que foi diagnosticada com meningite, observe se ele vai apresentar algum desses sintomas nos próximos 3 dias.
- em alguns casos é necessário tratamento preventivo para familiares e contatos próximos. O médico saberá informá-los corretamente.
- se tratada rapidamente, a meningite não costuma deixar sequelas, mas a infecção pneumocóccica é a pior, podendo evoluir com surdez e dificuldade de aprendizagem.
- existe um tipo mais raro, porém muito mais perigoso de infecção que se chama meningococcemia. Nesse caso, a bactéria se espalha por todo o corpo rapidamente e o líquor pode estar normal.

Repassem essas informações aos seus amigos!

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Icterícia X Hiperbetacarotenemia



A icterícia ( cor amarelada da pele e conjuntiva ) é um sinal muito comum na infância e hoje vamos conversar sobre suas principais causas.

É decorrente do aumento das bilirrubinas, um subproduto dos glóbulos vermelhos velhos. Todos os dias, alguns desses glóbulos morrem ( hemolisam ) e são substituídos por novos. O fígado retira as células antigas formando a bilirrubina que será eliminada pelas fezes.




Desse modo, a icterícia pode ocorrer pelo excesso de destruição dos glóbulos vermelhos ( hemólise ), pela obstrução dos ductos hepáticos que eliminam a bilirrubina para o intestino ou por uma inflamação no fígado.

Mas vamos para as principais doenças causadoras de icterícia:

HEPATITES: independente da causa da hepatite ( viral, auto-imune, medicamentosa ), a icterícia estará presente devido a inflamação do fígado.

COLECISTITE: a inflamação da vesícula biliar ocorre pela obstrução do seu ducto por pedras. É uma doença mais comum em adultos.

ANEMIA HEMOLÍTICA: pode ser auto-imune, anemia falciforme, talassemia, esferocitose, deficiência de G6PD entre outras, o excesso de hemólise aumenta a liberação da bilirrubina.

ICTERÍCIA NEONATAL FISIOLÓGICA: não é exatamente uma doença, mas sim uma condição natural no período neonatal devido a própria imaturidade do sistema excretor de bilirrubina. Nesse caso, a icterícia é classificada em zonas de I a V sendo que quanto maior o nível de bilirrubina, maior a zona ( a coloração amarelada atinge as regiões mais inferiores do corpo ). Desse modo, a face e os olhos são os últimos locais a clarearem.
Caso o recém-nascido seja portador de alguma anemia hemolítica ou de incompatibilidade sanguínea com a mãe, a icterícia pode se prolongar ou necessitar de fototerapia , tratamento que reduz a bilirrubina mais rapidamente. Após a alta, é necessário realizar banhos de sol diários ( pelo menos 20 minutos apenas de fralda ) para manter a redução da icterícia.

Vale ressaltar a possibilidade da pele estar amarelada apenas por excesso de betacaroteno, pigmento presente nas frutas e legumes de cor amarela e alaranjada. Nesse caso, apenas a pele tende a ser mais alaranjada, incluindo as palmas das mãos e plantas dos pés e a conjuntiva não é acometida.



Como você viram, existem várias causas para a pele da criança ficar amarelada e apenas uma é contagiosa (cuidado com os estigmas!!! ). Por isso, a qualquer alteração percebida, a avaliação do pediatra é necessária para identificar a verdadeira causa.

Fica a dica!!!!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Traumatismo craniano: como proceder?



Meu filho caiu e bateu a cabeça, o que devo fazer?

Dúvida frequente entre os pais, o traumatismo craniano gera muitos mitos que devem ser esclarecidos.

A maior parte das lesões são de menor importância, pois o crânio propicia uma considerável proteção ao cérebro, mas em alguns casos pode ser algo mais grave.

Por isso, vamos memorizar quais são os SINAIS DE ALERTA aos quais devemos sempre estar atentos após um trauma craniano:

1) Vômitos: muitas crianças vomitam após baterem a cabeça de tanto chorarem, isso é normal. Porém, se os vômitos persistirem mesmo após ela se acalmar, ela deve ser avaliada por um médico.



2) Sonolência: sempre ouvimos dizer que não podemos deixar a criança dormir após um trauma craniano, mas na verdade devemos ficar atentos a um quadro de sonolência excessiva fora do horário normal dela dormir.



3) Desmaio: a perda da consciência sugere uma lesão crânio-encefálica mais grave e a criança deve ser avaliada com urgência.



4) Convulsão: também sugere lesão mais grave e a criança deve ser avaliada urgentemente.



5) Midríase: as pupilas dilatadas também sugerem lesão grave. Pronto-socorro urgente!



6) Alteração da fala ou da marcha: podem aparecer mais tardiamente, mas também devem ser avaliados com urgência.


7) Hematoma periorbitário: os olhos de panda sugerem trauma na base do crânio, lesão gravíssima.


Esses sinais devem ser observados pelo menos durante as próximas 12 horas após o trauma. Caso a criança não apresente nenhuma dessas alterações nesse período, podemos nos tranquilizar.

Mas o que se deve fazer em casa logo após a batida? Não há nada melhor que o GELO para causar vasoconstrição local e diminuir o hematoma subgaleal, o famoso galo. Esse hematoma ocorre na parte externa do crânio, ou seja, não atinge o cérebro e não é perigoso.



Agora vocês já sabem como proceder após um traumatismo craniano, ajudem a divulgar essas informações!

Mas nunca se esqueçam de que a prevenção é o melhor tratamento, fiquem de olho nos seus filhos!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A importância do pediatra no 1º ano



Que o acompanhamento do seu filho com o pediatra é importantíssimo você já sabe, mas por que ele é mais importante ainda no 1º ano de vida do seu bebê?

O pediatra tem a função não apenas de diagnosticar e tratar doenças, mas também a de ajudar as crianças a adquirirem hábitos saudáveis, física e psicologicamente, a fim de se transformarem em adultos com a melhor qualidade de vida possível.

O momento ideal para os pais escolherem o pediatra é durante a gestação para que se conheçam e para que esse acompanhamento ocorra de forma segura, tranquila e contínua após o nascimento, pois a qualidade desse relacionamento depende da confiança e empatia entre ambos.

É no primeiro ano de vida que detectamos sequelas relacionadas ao período gestacional e perinatal, acompanhamos se o desenvolvimento neuro-psico-motor está adequado ( veja o post Meu filho está com o desenvolvimento neurológico normal? ), orientamos sobre a prevenção de acidentes, amamentação e como introduzir a alimentação complementar, sobre quais vacinas fazer em cada mês ( veja o post Vacinas: porque são tão importantes? ), diagnosticamos muitas síndromes, enfim, é nesse período em que podemos atuar para prevenir doenças futuras e tratar precocemente as já existentes obtendo melhores resultados.

As consultas nessa fase devem ser mensais, pois existem muitas mudanças importantes todos os meses e para que o pediatra possa intervir antecipadamente se necessário, já que as pesquisas comprovam que o que ocorre nos primeiros anos de vida deixam sequelas para a vida toda.

Criança que faz acompanhamento adequado é adulto saudável e família feliz!!