sábado, 30 de novembro de 2013
Semana Especial de Vacinas: BCG
Olá pessoal!
A BCG ( Bacilo Calmette-Guérin ) é uma das primeiras vacinas que recebemos e nos protege contra a tuberculose. É aplicada pela via intradérmica no antebraço direito ( por isso temos aquela marquinha da vacina ) e é composta pelo bacilo vivo de origem bovina. Só pode ser aplicada em recém-nascidos acima de 2 kg e em boas condições clínicas.
A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, é transmitida através das secreções como saliva, espirros e tosse e afeta principalmente os pulmões, mas pode atingir outros órgãos. Cerca de 6 milhões de pessoas são infectadas anualmente em todo o mundo, levando mais de 1 milhão a óbito. Os sintomas incluem tosse produtiva, geralmente por mais de 3 semanas, febre no período da tarde, suor excessivo noturno e emagrecimento. Após 15 dias de tratamento adequado, a pessoa contaminada já não transmite mais a doença.
A vacina confere cerca de 50% de proteção contra todas as formas de tuberculose, 64% contra meningoencefalite tuberculosa e 78% contra a forma disseminada, ou seja, a BCG é importante principalmente para evitar as formas graves da doença.
A lesão local geralmente evolui em 7 a 15 dias como uma mancha arroxeada, que dá origem a uma pápula ( como uma espinha com pus ) seguida de crosta após 15 a 30 dias que, ao se desprender, origina pequena úlcera com cicatrização por volta de 4 meses. Na ausência de cicatriz vacinal após os 6 meses, recomenda-se repetir a vacina. É importante não espremer a pápula, não retirar a crosta e nem usar nenhum tipo de medicação na lesão. Apenas mantenha o local limpo e seco.
Hoje finalizamos nossa Semana Especial de Vacinas, por isso gostaria de deixar algumas recomendações gerais a respeito desse tema:
- a vacina é um meio importante de proteger as crianças ( e os adultos também! ) de muitas doenças, principalmente de suas formas mais graves. Por isso não deixem de levar a carteira vacinal em todas as consultas pediátricas.
- não administre analgésicos ou antitérmicos antes de realizar a vacina com o intuito de evitar febre ou dor, pois esse procedimento atrapalha a formação de uma resposta imunológica adequada.
- medique apenas se a criança apresentar febre ou dor intensa APÓS 30 MINUTOS da vacina.
- caso a criança evolua com edema e vermelhidão no local da vacina, faça compressa fria ( não coloque gelo ), pois ajuda a reduzir o inchaço local, alivia a dor e evita o surgimento de hematomas.
- evite fazer a vacina se a criança estiver com febre ou fazendo uso de remédios que alterem a imunidade, pois quando a resistência do organismo está baixa, a vacina pode causar a doença que pretende evitar.
- no caso do atraso de uma dose, não é necessário reiniciar todo o esquema vacinal, pode-se apenas fazer a dose que falta.
Espero que tenham gostado! Na dúvida, procure um pediatra!
Um abraço a todos!
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Semana Especial de Vacinas: Gripe e HPV
Hoje vamos falar dessas duas vacinas muito importantes!
GRIPE
A gripe é uma doença infecto-contagiosa causada pelo vírus Influenza e transmitida através de secreções da pessoa contaminada como tosse, espirros e saliva. Os sintomas incluem febre alta, tosse e muita dor pelo corpo deixando a pessoa acamada muitas vezes. Dura em média 7 dias e pode evoluir para pneumonia e até óbito nas pessoas mais susceptíveis como crianças, idosos e portadores de doenças crônicas. É importante diferenciar a gripe do resfriado que é causado por outros tipos de vírus e cursa com sintomas parecidos, porém muito mais leves e de duração mais breve. A vacina protege contra o vírus Influenza, é composta pelo vírus morto e é aplicada pela via intramuscular. Esses dados são importantes para deixarmos claras algumas questões:
- a vacina da gripe não evita que a pessoa vacinada fique resfriada
- a vacina da gripe é eficaz em torno de 89% dos casos e evita principalmente a forma grave da doença
- a vacina da gripe não causa gripe na pessoa vacinada, pois é composta por vírus inativados
- a vacina da gripe é modificada anualmente de acordo com as mutações virais encontradas, por isso a importância de refazer a vacina em todas as campanhas anuais
A vacina disponível no Brasil atualmente também protege contra o vírus Influenza tipo A ( H1N1 ), que é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da gripe suína.
Apenas as crianças entre 6 meses e 2 anos, os idosos acima dos 60 anos e os portadores de doenças crônicas podem receber essa vacina gratuitamente pelo sistema público de saúde, mas é recomendado que todas as pessoas sejam vacinadas. Por isso fiquem atentos ao início da campanha, geralmente no fim de março e início de abril de todos os anos, para procurarem a rede privada de vacinação.
HPV
O Papiloma Vírus Humano ou HPV é a doença sexualmente transmissível mais comum atualmente. Esse grupo de vírus inclui mais de 100 tipos diferentes, sendo que os subtipos 6, 11, 16 e 18 são os mais importantes. Os tipos 6 e 11 são responsáveis por 90% das verrugas genitais e os tipos 16 e 18, por 70% dos cânceres de colo de útero. Existem 2 tipos de vacinas contra o HPV: a bivalente, que protege contra os tipos 16 e 18 e a quadrivalente, contra os tipos 6,11,16 e 18. É composta pelo vírus inativado e aplicada pela via intramuscular. O ideal é realizar o esquema vacinal antes do início da vida sexual, por isso a vacina está liberada a partir dos 9 anos, tanto para meninas quanto para meninos. O esquema inclui 3 doses, é de uso exclusivamente preventivo e possui eficácia de praticamente 100% contra a evolução para a doença maligna. Essa vacina por enquanto só está disponível na rede privada, mas há uma previsão de ser liberada no sistema público a partir de março de 2014, porém apenas para meninas dos 11 aos 13 anos e em 2015 para meninas dos 9 aos 11 anos.
Assim que surgirem mais novidades eu passo para vocês!
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Semana Especial de Vacinas: Tetra viral
Olá pessoal! Vamos dar continuidade a nossa semana especial!
A vacina tetra viral inclui sarampo, caxumba, rubéola e varicela. É composta pelos 4 virus vivos atenuados e é aplicada pela via intramuscular. É eficaz em média 97% dos casos.
SARAMPO
O sarampo é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Morbilis vírus e é transmitido através do contato com as secreções da pessoa contaminada como saliva, tosse e espirros. Os sintomas incluem febre, tosse, conjuntivite, manchas brancas na parte interna das bochechas e exantema ( manchas avermelhadas na pele ) que progridem da cabeça para os pés. É uma doença potencialmente grave, podendo evoluir para pneumonia, encefalite e até provocar aborto em gestantes.
CAXUMBA
A caxumba também é uma doença infecto-contagiosa, causada pelo paramyxovirus e transmitida através das secreções. O vírus causa inflamação das glândulas parótidas ( parotidite ), submaxilares e sublinguais. Os sintomas incluem febre, dor para engolir e inchaço das glândulas afetadas.
Apesar de ser uma doença benigna, pode evoluir em alguns casos com inflamação dos ovários e testículos ( resultando em esterilidade ), além de meningite e surdez. São raros os casos de reinfecção pelo vírus da caxumba, mas pode ocorrer inflamação de outras glândulas que não foram afetadas da primeira vez.
RUBÉOLA
A rubéola é outro caso de doença infecto-contagiosa, causada pelo Togavirus e também transmitida pelas secreções, mas pode ocorrer transmissão para o feto durante o primeiro trimestre de gravidez ( rubéola congênita - forma mais grave da doença podendo causar malformações fetais como surdez e problemas visuais ). Os sintomas incluem febre, coriza, dor para engolir e exantema que se inicia no rosto e depois de espalha pelo corpo. Muito parecido com o sarampo não é mesmo? Por isso a avaliação médica é muito importante!
VARICELA ( Catapora )
Recentemente incluída na rede pública, a vacina contra varicela foi uma conquista!
Já conversamos antes sobre essa doença. Se você ainda não leu ou queira recordar é só ir no post Varicela: a doença do momento.
Um abraço!
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Semana Especial de Vacinas: Pneumocóccica e Meningocóccica
Seguindo com nossa semana especial, vamos falar sobre duas vacinas muito importantes!
PNEUMOCÓCCICA
O Streptococcus pneumoniae ou pneumococo é uma bactéria transmitida através das secreções da pessoa contaminada como saliva, espirros, secreção nasal e pode desencadear otite, sinusite, conjuntivite, pneumonia ( o pneumococo é responsável por 45% dos casos! ) e até meningite ( o pneumococo é responsável por 11% dos casos! ).
É aplicada por via intramuscular e é composta pela bactéria inativada.
A vacina disponível na rede pública é a 10 valente, que protege contra 10 sorotipos da bactéria. Já a presente na rede particular é a 13 valente, que protege contra 13 sorotipos e esses 3 a mais são muito frequentes no Brasil. Por isso, vale a pena se programar para fazer a 13 valente!
Já a vacina pneumocócica 23 valente está disponível para os pacientes portadores de doenças crônicas como nefropatias, cardiopatias, hemoglobinopatias e pneumopatias a partir dos 2 anos.
MENINGOCÓCCICA
|A Neisseria meningitidis ou meningococo é uma bactéria que também é transmitida pelas secreções e causa meningite e meningococcemia ( infecção generalizada ), mais comum em crianças menores de 1 ano, com alto índice de mortalidade.
Indica-se 3 doses no primeiro ano de vida e uma dose única caso a vacina seja feita pela primeira vez após 1 ano.
Também é aplicada por via intramuscular e composta pela bactéria inativada.
Existem 13 sorotipos, mas os mais comuns são os do tipo A, B e C. Porém a vacina protege apenas contra o meningococo C.
Papais e mamães, por favor fiquem atentos às sua carteiras de vacinação também, pois não adianta nada fazermos todas as vacinas nas crianças e não deixarmos as nossas em dia!
Confiram no post Vacinação: porque são tão importantes? as vacinas da fase adulta.
Um abraço!
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Semana Especial de Vacinas: Tetra bacteriana
Hoje vamos falar de uma vacina que é quatro em uma só. A tetra bacteriana inclui difteria, tétano, coqueluche e Haemophilus influenzae tipo b. É aplicada pela via intramuscular e é composta por bactérias inativadas.
DIFTERIA
A difteria é uma doença infecto-contagiosa transmitida através do contato com as secreções de pessoas infectadas como saliva e secreção respiratória.Os sintomas incluem febre, faringoamigdalite com a presença de placas brancas visíveis a olho nu, aumento dos gânglios do pescoço e pode evoluir com dificuldade respiratória e problemas cardíacos. Por isso, não deixem de vacinar seus filhos.
TÉTANO
O tétano não é uma doença contagiosa, é transmitida através de lesão na pele ocasionada por pregos, latas velhas, arames e até espinho de plantas, geralmente sujos ou enferrujados, pois a bactéria vive na terra e na poeira da rua. Os sintomas são decorrentes da alteração do sistema nervoso central como rigidez muscular, espasmos,convulsões e até parada cardio-respiratória. Não preciso nem falar mais nada da importância dessa vacina né?!
COQUELUCHE
A coqueluche é uma doença infecto-contagiosa transmitida através do contato com as secreções das pessoas infectadas assim como a difteria. É uma infecção reemergente, ou seja, que está voltando com tudo! Os sintomas incluem crises de tosse por pelo menos 21 dias ( a famosa tosse comprida ) associado a um barulho intenso que podem evoluir para insuficiência respiratória, principalmente nas crianças até 6 meses. Mais uma vacina importantíssima!
HAEMOPHILUS INFLUENZAE TIPO B
Essa bactéria causa sinusite, otite, pneumonia e até meningite. É transmitida também através das secreções das pessoas contaminadas. Acomete principalmente crianças abaixo dos 5 anos.
Atualmente, essa vacina também pode ser aplicada junto com a hepatite B e é chamada pentavalente.
A tetra bacteriana é uma das vacinas que mais dá reação como febre, convulsão febril e dor no local da aplicação. Porém existe a opção acelular na rede particular que costuma dar menos reação.
A vacina dupla adulto, que devemos tomar a cada 10 anos, nos protege conta a difteria e o tétano, mas como a coqueluche está atingindo inclusive os adultos com risco de contaminar os bebês, recomenda-se o reforço desta vacina também. Porém, a vacina que contém as 3 proteções só está disponível na rede particular. Por isso, é importante todos os adultos da família se vacinarem!
Confiram suas carteirinhas também!
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Semana Especial de Vacinas: Hepatites A e B
Olá papais e mamães! Vamos dar continuidade a nossa Semana Especial de Vacinas!
HEPATITE A
QUAL A VIA DE ADMINISTRAÇÃO E COMPOSIÇÃO DESSA VACINA?
A vacina contra hepatite A é administrada pela via intramuscular e é composta por vírus inativado.
QUAL A IMPORTÂNCIA DE NOS VACINARMOS CONTRA HEPATITE A?
A hepatite A é uma doença infecto-contagiosa causada pelo vírus VHA. A transmissão é fecal-oral (assim como a poliomielite e o rotavírus ) e também através de alimentos contaminados, principalmente água não tratada, frutos do mar crus, recheio de doces cremosos e alguns vegetais. Os sintomas aparecem na minoria dos infectados e incluem febre, náuseas, vômitos, diarreia, icterícia, fezes brancas e urina escura ( cor de coca-cola ). Mas em alguns casos pode ser mais grave evoluindo para hepatite fulminante, daí a importância de nos vacinarmos.
ESSA VACINA SÓ TEM NA REDE PARTICULAR?
Infelizmente, a vacina contra hepatite A não está disponível na rede pública de saúde. Por isso, papais e mamães fiquem atentos ao calendário vacinal no post Vacinas: porque são tão importantes? para não deixarem de realizar a vacina em clínicas de vacinação.
HEPATITE B
QUAL A VIA DE ADMINISTRAÇÃO E COMPOSIÇÃO DESSA VACINA?
A vacina contra hepatite B é administrada pela via intramuscular e é composta pelo vírus inativado também.
QUAL A IMPORTÂNCIA DE NOS VACINARMOS CONTRA A HEPATITE B?
A hepatite B é uma doença infecciosa causada pelo vírus VHB. A transmissão é através do contato com o sangue contaminado por transfusão sanguínea, uso de drogas injetáveis ou da mãe para o bebê durante a gravidez. Geralmente a pessoa infectada não apresenta sintoma nenhum, apenas quando evolui para cirrose ou câncer hepático depois de alguns anos. Daí a importância de nos vacinarmos.
É VERDADE QUE OS PREMATUROS DEVEM TOMAR UMA DOSE A MAIS DA VACINA?
Sim. Os prematuros devem receber 4 doses da vacina para garantir uma imunização adequada. Muitas pessoas também necessitam dessa dose de reforço, por isso é necessário fazer a sorologia para a hepatite B para avaliar se a vacina funcionou ou se deve fazer o reforço.
Cada caso é um caso! Não deixe de conversar com o pediatra antes de tomar qualquer vacina!
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Semana Especial de Vacinas: Poliomielite e Rotavirus
Vamos iniciar a semana especial sobre vacinas!
POLIOMIELITE
QUAL A VIA DE ADMINISTRAÇÃO E COMPOSIÇÃO DESSA VACINA?
A vacina contra poliomielite pode ser administrada pela via oral ( Sabin ), composta por vírus vivo atenuado, ou pela via intramuscular ( Salk ), composta por vírus morto. A Sabin, por conter vírus vivos, pode desencadear a doença, diferentemente da Salk. Por isso, o Ministério da Saúde substituiu as gotinhas dos 2 e 4 meses pela injeção intramuscular, pois nessa fase a chance de desenvolvimento da doença é maior.
QUAL A IMPORTÂNCIA DE NOS VACINARMOS CONTRA POLIOMIELITE?
A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus. A transmissão é fecal-oral, ou seja, da contaminação da boca com as fezes, ou pela via oral-oral, transmissão pelo contato com a saliva das pessoas infectadas ao falar, tossir e espirrar. Por isso mais uma vez a importância de sempre lavarmos as mãos! Os sintomas incluem febre, dor de garganta, náuseas e dor abdominal. Porém 1% dos casos pode desenvolver a forma paralítica da doença, com perda da força muscular e dos reflexos de um dos membros inferiores, mantendo a sensibilidade. Daí a importância de nos vacinarmos.
É NECESSÁRIO FAZER O REFORÇO EM TODAS AS CAMPANHAS?
A vacina contra poliomielite deve ser dada em 4 doses até os 15 meses de vida ( vide calendário vacinal no post Vacinas: porque são tão importantes? ). Porém os reforços ajudam a manter as células de memória sempre ativas ( confira no mesmo post ).
ROTAVÍRUS
QUAL A VIA DE ADMINISTRAÇÃO E COMPOSIÇÃO DESSA VACINA?
A vacina contra o rotavírus é administrada pela via oral e é composta por vírus vivo atenuado.
QUAL A IMPORTÂNCIA DE NOS VACINARMOS CONTRA O ROTAVÍRUS?
O rotavírus é a causa mais frequente de diarreia grave em lactentes, sendo responsável por milhares de mortes principalmente nos países em desenvolvimento. Daí a importância de nos vacinarmos. A transmissão é semelhante a poliomielite, ou seja, fecal-oral ou oral-oral. Os sintomas incluem náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia e febre. Vale ressaltar que essa vacina protege apenas contra o rotavírus, não evitando assim a infecção por outros vírus que causam gastroenterites.
É VERDADE QUE PODE CAUSAR SANGRAMENTO INTESTINAL?
Alguns bebês podem apresentar sangramento nas fezes até 42 dias após a vacina contra o rotavírus, fato que deve chamar a atenção da mãe para uma avaliação médica. Na grande maioria das vezes não é necessário realizar nenhum tratamento específico, mas precisa-se descartar uma complicação mais grave, a invaginação intestinal. É uma das causas mais comuns de obstrução intestinal em que o intestino " entra dentro dele mesmo ", como uma luneta, e exige cirurgia na grande maioria das vezes. Porém essa complicação deixou de ser comum após a substituição da vacina para uma mais moderna desde o ano de 2000.
IMPORTANTE: CASO A CRIANÇA VOMITE APÓS A ADMINISTRAÇÃO DAS VACINAS CONTRA POLIOMIELITE OU ROTAVÍRUS, NÃO HÁ NECESSIDADE DE REPETIR A DOSE, POIS BASTA UMA QUANTIDADE ÍNFIMA PARA GARANTIR UMA BOA RESPOSTA.
Caso tenham alguma dúvida, podem fazer perguntas por aqui, face ou instagram.
Uma abraço e até amanhã!
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Vacinas: porque são tão importantes?
Hoje vamos iniciar a Semana Especial sobre Vacinas!
Você sabe porque são tão importantes? Como funcionam? Quais doenças previnem?
A vacinação ajuda o sistema imunológico a criar meios de defesa rápida e eficaz contra vírus e bactérias, principalmente nos primeiros anos de vida, quando a imunidade da criança ainda está em formação.
Após a vacina ser aplicada, o vírus ou bactéria ( morto ou atenuado ) nela presente, atinge a corrente sanguínea estimulando o organismo a produzir anticorpos específicos, os quais possuem " memória ".
Quando a criança entrar em contato com esses microorganismos de forma natural, ela conseguirá combatê-los rapidamente evitando, assim, o desenvolvimento das doenças.
Por isso, as doses de reforço são tão importantes, pois com o tempo, essas células de memória precisam de um novo estímulo para continuarem ativas.
Segue abaixo o calendário vacinal atualizado. Durante essa semana vamos falar sobre todas as vacinas, como são aplicadas e quais doenças previnem. Não percam!
CALENDÁRIO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE
Adaptado dos calendários de vacinação propostos pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Ao nascer
BCG ID 1 / Hepatite B (1ª dose)
2 meses
Hepatite B (2ª dose)
Tríplice bacteriana (DTP ou DTPa) 2 - 1ª dose
Poliomielite – 1ª dose
Haemophilus influenzae tipo b – 1ª dose
Rotavírus – 1ª dose 3
Pneumococo conjugada – 1ª dose ( também pode ser dada aos 3 meses )
3 meses
Menigococo C conjugada – 1ª dose 4
4 meses
Tríplice bacteriana (DTP ou DTPa) - 2ª dose
Poliomielite – 2ª dose
Haemophilus influenzae tipo b – 2ª dose
Rotavírus – 2ª dose
Pneumococo conjugada – 2ª dose
5 meses
Menigococo C conjugada – 2ª dose
6 meses
Tríplice bacteriana (DTP ou DTPa) - 3ª dose
Poliomielite – 3ª dose
Haemophilus influenzae tipo b – 3ª dose
Hepatite B (3ª dose)
Rotavírus – 3ª dose
Pneumococo conjugada – 3ª dose
Influenza (gripe) – A partir dos 6 meses. Duas doses com intervalo de 1 mês 5
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12 meses
Tríplice viral ( sarampo, caxumba, rubéola) – 1ª dose
Varicela (catapora) – 1ª dose
Hepatite A – A partir de 12 meses. Duas doses com intervalo de 6 a 12 meses.
14 meses
Reforço pneumococo conjugada
Reforço meningococo C conjugada
15 meses
Reforço tríplice bacteriana (DTP ou DTPa)
Reforço poliomielite
Reforço Haemophilus influenzae tipo b
15 – 24 meses
Tríplice viral ( sarampo, caxumba, rubéola) – 2ª dose 6
Varicela (catapora) – 2ª dose 5
5 anos
Reforço tríplice bacteriana (DTP ou DTPa)
Reforço poliomielite
6 anos
Reforço meningocócica conjugada
11 – 12 anos
HPV (papilomavírus humano). Três doses
Reforço meningocócica conjugada
15 anos
Reforço tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa)7 ou dupla adulto (dT) 8
1 Vacina tuberculose
2 Vacina difteria, tétano e coqueluche
3 Vacina Rotavírus – Duas ou três doses, de acordo com a vacina utilizada
4 Pode ser aplicada a partir dos 2 meses de vida
5 Na primovacinação: 2 doses com intervalo de 30 dias. Dose única anual
a partir do 2ºano de vacinação
6 Segunda dose pode ser feita a partir de 3 meses após a primeira dose
7 Vacina difteria, tétano e coqueluche do tipo adulto
8 Vacina difteria e tétano do tipo adulto
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Dica da Pediatra: contar histórias estimula a inteligência
Desde os nossos primeiros dias de vida, mesmo antes do nascimento, os estímulos que recebemos ajudam o nosso desenvolvimento cerebral e constroem nossa inteligência.
O ato de contar histórias ativa principalmente a linguística, pois melhora a percepção dos sons, ritmos e significado das palavras, além de facilitar o uso da linguagem no futuro, principalmente para convencer, agradar e transmitir ideias de forma mais clara e objetiva.
Você pode contar histórias famosas ou as do seu próprio dia a dia, tanto faz. O importante é criar esse hábito. Repetir uma história após um certo tempo é necessário para estimular a memória dos pequenos também. Outra dica que ajuda o desenvolvimento do raciocínio lógico é iniciar uma história e pedir para o seu filho terminá-la ou desenhar os personagens e lugares.
Vamos criar o hábito da leitura em nossas crianças!
Dicas para estimular a inteligência do seu filho:
- converse com o seu filho e conte histórias desde a gravidez: a partir dos 5 meses de gestação ele já ouve e se acostuma à sua voz. Quando repetir as mesmas histórias após o nascimento, ele ficará mais calmo;
- quando o bebê chorar, converse com ele antes de atendê-lo;
- cante também. A música tem a mesma função das histórias. A partir dos 2 anos, pode-se usar instrumentos musicais;
- ajude-o a reconhecer diferentes sons, odores e sensações táteis.
Vamos começar a leitura nesse feriado?
Um beijo a todos!
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Afinal, o que é hiperatividade?
Doutora, acho que meu filho é hiperativo. Ele não pára um minuto!
Essa é uma queixa constante no consultório. Mas o que realmente é hiperatividade? Quais sinais devem chamar nossa atenção?
A hiperatividade é um dos componente do TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
É normal as crianças serem ativas, sem que isso seja patológico. A diferença está no fato da criança hiperativa mostrar um excesso de comportamentos, além de apresentar dificuldade de concentração, impulsividade e agitação.
Por isso, o diagnóstico costuma ser feito geralmente na fase escolar, momento em que se é exigida uma maior atenção e concentração da criança, com consequente rendimento escolar ruim.
Cerca de 3 a 6% das crianças tem TDAH e em média 60% permanecerão com os sintomas na idade adulta, embora em menor grau de intensidade. A genética é a principal causa do transtorno, assim como tabagismo na gravidez e atraso no amadurecimento de algumas áreas cerebrais. Mas traumas psicológicos e altos níveis de exigência costumam ser os desencadeadores dos sintomas.
Então, a que sinais devemos ficar atentos?
- deixa de prestar atenção a detalhes;
- comete erros por descuido com frequência;
- dificuldade para manter a atenção, mesmo em tarefas simples e interessantes;
- dificuldade de organização;
- facilidade em se distrair com estímulos alheios;
- esquecimento frequente;
- agitação das mãos ou dos pés, principalmente quando sentado ( sensação de inquietação );
- dificuldade para brincar em silêncio;
- fala, corre ou escala em demasia;
- dificuldade para aguardar sua vez;
- dá respostas precipitadas.
Essas crianças costumam ser estigmatizadas como os bagunceiros da turma ou até vagabundos. Muitas mães se sentem culpadas, pensando que não souberam educar seus filhos de forma correta. Mas como vocês leram, isso não é desobediência, é uma doença. Por isso é importante fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento o quanto antes, para que essas crianças não tenham consequências no futuro como maior possibilidade de uso de drogas, depressão e transtornos de conduta.
O tratamento é baseado em medicamentos e psicoterapia. É importante que toda a família e professores participem dessa etapa.
Fiquem atentos!
Um abraço!
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Tudo sobre infecção urinária nas crianças!
A infecção do trato urinário ( ITU ) é mais comum de ocorrer na infância do que vocês imaginam.
Vamos aprender um pouquinho mais sobre esse assunto hoje?
A ITU consiste na proliferação das bactérias do meio externo para o interior do trato urinário e é mais ou menos grave de acordo com o órgão afetado.
O trato urinário é composto pelos rins, ureteres, bexiga e uretra. Quanto mais alta a infecção, ou seja, quanto mais próxima aos rins, mais grave ela é.
A ITU em crianças pode ser decorrente de contaminação da urina pelas fezes, principalmente em meninas devido a proximidade anatômica entre a uretra e o ânus, além da uretra feminina ser mais curta, ou secundária a alguma malformação do trato urinário.
Os sintomas dependem da localização da infecção, mas os principais são febre, irritabilidade, prostração, gemência, ardência ao urinar, incontinência urinária, sangramento na urina, mau cheiro da urina, dor abdominal ou lombar.
O diagnóstico é baseado principalmente no exame de urina simples e sua cultura, imprescindível para nortearmos a antibioticoterapia. Por isso, nunca deixem de buscar o resultado da urocultura que geralmente demora cinco dias para ficar pronto. A coleta da urina pode ser feita com saco coletor ou sonda vesical. Apesar da sonda parecer invasiva demais é a forma mais correta de coleta, pois evita contaminação do meio externo e dúvidas.
Confirmado o diagnóstico, inicia-se o tratamento com antibiótico o quanto antes até o resultado da cultura, quando iremos analisar se precisamos mudar o tratamento ou não.
É muito importante informar ao pediatra a ocorrência de ITU no seu filho, pois todas as crianças necessitam investigação mais precisa do trato urinário para afastar malformações congênitas. De acordo com a alteração anatômica pode ser necessária cirurgia ou medicações preventivas.
Caso a criança não apresente nenhuma malformação anatômica que justifique a infecção, é imprescindível uma higienização mais adequada da região genital. As meninas devem ser higienizadas sempre da frente ( uretra ) para trás ( ânus ), justamente para evitar a contaminação com resquícios de fezes. Já os meninos necessitam abaixar o prepúcio ( pele que envolve a glande ) para higienização, evitando assim acúmulo de urina na região.
Com informação conseguimos evitar muitas doenças. Não deixem de orientar seus filhos desde pequenos!
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Dica da Pediatra: Tudo sobre vitamina D
Olá queridas mamães!
Hoje vamos falar sobre a vitamina D que tem sido tão comentada. Será que tudo o que lemos e ouvimos realmente é verdade?
O post de hoje é baseado na aula sobre vitamina D que vi no Congresso Americano de Pediatria.
QUAL A IMPORTÂNCIA DA VITAMINA D?
- aumenta a absorção de cálcio e fosfato, melhorando a mineralização óssea, agindo diretamente no esqueleto. Desse modo, evita o raquitismo e a osteoporose, além de auxiliar no crescimento;
- melhora a imunidade, evitando infecções;
- previne o câncer de mama, próstata e cólon;
- previne doenças do coração e hipertensão arterial;
- previne o diabetes, pois aumenta a produção de insulina.
QUAIS AS FONTES DE VITAMINA D?
- alimentação: peixes de água salgada ( salmão, atum, sardinha ), shitake, ovo, fígado, manteiga e cereais;
- sol: exposição de pelo menos 10 minutos ao dia sem protetor solar.
QUAIS AS BARREIRAS PARA A PRODUÇÃO DE VITAMINA D?
- pigmentação da pele: a melanina diminui a síntese de vitamina D em 99%. Por isso, os negros tem um risco maior de desenvolver deficiência de vitamina D;
- uso de protetor solar: a recomendação é fazer um rodízio em algumas partes do corpo. Por exemplo, deixe de passar filtro solar em um braço num dia e no outro braço no outro dia;
- outono/inverno: a radiação solar é menor nessas épocas do ano, o que diminui a síntese de vitamina D;
- horário até às 10h e após às 16h: para que ocorra uma síntese adequada de vitamina D é recomendado tomar o sol entre as 10h e 16h. Todos sabemos da importância de se evitar a exposição nesse período para diminuirmos o risco de câncer de pele. Por isso é necessário usarmos o bom senso e realizarmos o rodízio do filtro solar como disse acima e evitarmos uma exposição muito prolongada sem proteção.
- obesidade: a vitamina D é " sequestrada " na gordura, prejudicando sua absorção. Por isso, os obesos tem um risco maior de desenvolver deficiência de vitamina D;
- uso de anticonvulsivantes e corticoides;
- doenças de má-absorção: doença celíaca e insuficiência pancreática.
CURIOSIDADES
- a vitamina D demora em média 20 semanas para começar a fazer efeito;
- do mesmo jeito que a deficiência de vitamina D deve ser evitada, a hipervitaminose também oferece riscos à saúde, pois aumenta o depósito de cálcio nos rins, além de aumentar a quantidade de cálcio no sangue e levar à desidratação.
- todas as crianças devem receber suplementação de vitamina D nos dois primeiros anos de vida como expliquei no post É necessário meu filho tomar alguma vitamina desde o nascimento?
Muitas novidades não é mesmo?!
Espero que tenham gostado e que possam utilizar essas informações da melhor forma!
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Meu filho pode estar com verme?
E para fechar a semana vamos falar sobre uma doença muito comum na infância, a parasitose.
Você sabe identificar quais sinais sugerem que seu filho possa estar com uma verminose e como evitar sua contaminação?
A ingestão de água não tratada, verduras e frutas mal lavadas, carnes cruas ou mal cozidas, mãos sujas e falta de higiene e saneamento básico criam um ambiente muito favorável para o desenvolvimento dos vermes.
Existem vários tipos de parasitas que podem infestar o ser humano, os mais comuns em crianças são:
Lombriga ( Ascaris lumbricoides )
Ancilóstomo ou Amarelão ( Ancylostoma duodenale e Necator Americanus )
Giardia ( Giardia lamblia )
Solitária ( Taenia solium - carne suína e Taenia saginata - carne bovina )
Oxiurus ( Enterobius vermiculares )
Esquistossomo ou Barriga d´água ( Schistossoma mansoni )
Ameba ( Entamoeba histolytica )
Os sintomas mais frequentes são:
Falta ou perversão do apetite
Aumento do volume e dor abdominal
Perda de peso ou baixo ganho ponderal
Anemia
Náuseas, vômitos, diarreia e alteração da coloração das fezes
Prurido anal ( coceira no bumbum )
Fiquem atentos a todos esses sinais e sintomas e comuniquem seu pediatra. Alguns exames de sangue e fezes são necessários para fechar o diagnóstico e iniciar o tratamento específico.
E não se esqueçam de lavar bem as verduras e frutas, cozinhar bem as carnes, lavar sempre as mãos e tomar apenas água filtrada.
Bom fim de semana a todos!
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Mito x Verdade: esquentar alimentos em recipientes de plástico dá câncer?
Essa dúvida é muito frequente nos consultórios, por isso achei melhor esclarecê-la aqui no blog.
O Bisfenol A ou BPA é uma substância usada na produção do policarbonato, material presente na maioria dos plásticos rígidos e transparentes como mamadeiras, copos e potes de alimentos para bebês.
Apesar de parecer inofensivo, ele desequilibra o sistema endócrino alterando a ação dos hormônios da tireoide, a liberação de insulina pelo pâncreas e propicia a proliferação das células gordurosas. Também pode provocar aborto, câncer de mama e próstata, puberdade precoce, déficit de atenção e memória.
A contaminação se dá pela ingestão, pois o BPA se desprende dos recipientes e passa para os alimentos mesmo que você não os aqueça. Por isso dê preferência para os recipientes de vidro ou livres de BPA.
Uma curiosidade: os papeis termo sensíveis ( usados para comprovantes bancários ) também contém BPA e a contaminação pode ocorrer até pelo contato com a pele. Sempre que possível dê preferência às versões digitais dos comprovantes. E, apesar de ser reciclável, recomenda-se o descarte desse tipo de papel em lixo comum para evitar a contaminação de outros produtos de papel reciclado.
Recentemente a ANVISA proibiu a importação de mamadeiras com BPA, o que já ajuda a proteger os lactentes, mas ainda temos que ficar atentos com os outros produtos como chupetas, copos, potes, latas de leite, pratos e talheres.
Fiquem atentos e passem essa informação a seus amigos e familiares.
Beijos e até amanhã!
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
É necessário meu filho tomar alguma vitamina desde o nascimento?
Pensando na prevenção de algumas doenças relacionadas aos primeiros dois anos de vida, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que todos os bebês recebam suplementação de algumas vitaminas.
VITAMINA A: para ajudar no amadurecimento da visão e reduzir a gravidade das infecções. Deve ser dada desde o nascimento até a criança completar 2 anos.
VITAMINA D: para ajudar no fortalecimento ósseo. Deve ser dada desde o nascimento até a criança completar 2 anos ou mais caso haja deficiência. Importante para prevenir raquitismo e osteoporose no futuro.
FERRO: para evitar anemia e suas complicações como explicado em post anterior. Deve ser dado após o início da alimentação complementar, ou seja, as papinhas, até a criança completar 2 anos ou mais caso haja deficiência. Nos bebês prematuros, a suplementação de ferro deve iniciar logo ao nascimento.
Vale lembrar que existem medicamentos específicos para bebês com essas vitaminas e o pediatra é a pessoa capacitada para decidir qual é o melhor para o seu filho. Não medique seu filho por conta própria, pois a hipervitaminose também pode desencadear doenças.
Nenhuma medicação substitui o aleitamento materno e uma boa alimentação, além do hábito de tomar banhos de sol diários.
Essas são as suplementações básicas para todos os bebês. Crianças com doenças específicas podem ter a necessidade de receber outras vitaminas. Mas fique tranquila que seu pediatra saberá te orientar.
Um abraço!
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Mel: a partir de que idade posso dar ao meu filho?
O mel costuma ser uma alternativa saudável tanto para adoçar os alimentos quanto para auxiliar no tratamento de gripes e resfriados.
Mas a partir de quando podemos utilizá-lo?
O mel, independente da marca ou procedência, pode estar contaminado com os esporos da bactéria Clostridium botulinum, causadora do botulismo. Tais esporos são muitos resistentes e podem sobreviver até a pasteurização e a altas temperaturas. Isso ocorre com os xaropes de milho também.
Como o sistema imunológico dos bebês ainda não está maduro, ele pode desenvolver uma forma grave da doença. O risco é maior no primeiro ano de vida. Por isso, o ideal é oferecer mel apenas após a criança completar 1 ano.
Mesmo após 1 ano, é recomendado usar o mel com moderação para não acostumarmos o paladar das nossas crianças com a necessidade de alimentos extremamente doces. Além disso, nunca se esqueça de sempre limpar os dentinhos após sua utilização.
Fica a dica!
Beijos!
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Mito X Verdade: Complexo B evita picadas de pernilongos?
Olá mamães e papais!
Estava com saudades de todos vocês!
O Congresso Americano de Pediatria foi ótimo e voltei cheia de novidades. Aguardem!
Mas hoje vou falar sobre um assunto muito importante, principalmente nessa época do ano quando temos mais picadas de pernilongos.
Existem pessoas mais ou menos susceptíveis às picadas e isso está diretamente relacionado ao suor e odor. Por isso, crianças que transpiram mais estarão mais sujeitas.
O que fazer então para evitar que nossas crianças sofram com isso?
O repelente deve ser evitado abaixo dos dois anos de idade, pois é tóxico para a pele dos bebês. Nessa fase, o ideal é isolar a pele com óleo infantil, fazendo com que o inseto não identifique o cheiro do suor do bebê. Após os 6 meses, pode-se até passar o repelente sobre a roupa, mas nunca diretamente na pele.
Após os dois anos, o repelente ainda deve ser usado com moderação e com os seguintes cuidados: o produto deve ter concentração menor que 10%, só deve ser usado nas áreas expostas do corpo, ao entardecer e, no máximo, 2 vezes ao dia. Evite passar nas palmas das mãos para que a criança não coloque o produto na boca.
Além dos repelentes, podemos usar telas protetoras e inseticidas, os quais também devem ser usados com cautela, pois são tóxicos para a medula óssea. Os produtos a base de citronela são menos prejudiciais, dê preferência a eles.
Mas e o complexo B? Realmente ajuda a evitar as picadas?
O ditado popular diz que o complexo B exala um odor pela pele evitando que os insetos se aproximem. Não existem estudos científicos que comprovem a eficácia das vitaminas do complexo B contra as picadas de insetos, mas na prática observo um bom resultado. Por isso, costumo indicar sim para os meus pacientes, principalmente para os menores de 2 anos, idade em que devemos evitar os repelentes.
LIÇÕES DO DIA:
EVITE REPELENTES ABAIXO DOS 2 ANOS.
DÊ PREFERÊNCIA PARA INSETICIDAS A BASE DE CITRONELA.
AS TELAS DE PROTEÇÃO CONTINUAM SENDO ÓTIMAS ALIADAS CONTRA OS INSETOS.
Espero que tenham gostado. Um beijo a todos e até amanhã!