domingo, 29 de novembro de 2015

Zika vírus X Microcefalia: Tudo o que você precisa saber



Bom dia pessoal!
Hoje vamos tirar todas as dúvidas sobre o assunto do momento: Zika vírus e microcefalia.
O que já se sabe até agora?

O QUE É O ZIKA VÍRUS?

O vírus zika é semelhante filogeneticamente aos da dengue e da febre amarela. Ele foi descoberto pela primeira vez na floresta de Zika, em Uganda, em 1947. Até 2007, era relativamente desconhecido, quando surgiu um grande surto em ilhas próximas à Austrália. Entre outubro de 2013 e fevereiro de 2014, um novo surto atingiu a Polinésia Francesa. Nesta ocasião, foram identificados 38 casos de pessoas que haviam sido infectadas pelo zika e que desenvolveram a síndrome de Guillain-Barré, uma doença caracterizada por uma inflamação aguda do sistema nervoso. Isso seria um indicativo de que o zika tem uma atração pelo sistema nervoso, o que ajuda a explicar a existência da microcefalia como uma das consequências da doença.

Em fevereiro de 2015, começaram a surgir no Brasil casos que depois foram atribuídos à doença. Eles se concentravam na região Nordeste do país e, na maioria, atingiam pessoas de 20 a 40 anos. Uma das suspeitas iniciais era de que a entrada do vírus no país tivesse relação com a Copa do Mundo, ocorrida sete meses antes. Agora também se acredita que o vírus possa ter chegado com atletas de um campeonato de canoagem ocorrido em agosto passado no Rio de Janeiro, que tinha forte presença de atletas dessa região da Oceania afetada pelo vírus. 

O zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue. Assim, a melhor forma de controlar a doença é combater o mosquito transmissor.

Os sintomas são parecidos com os da dengue, como febre, dor no corpo e na cabeça e vômitos, porém costumam ser mais brandos e muitas vezes passarem desapercebidos. Como na dengue, não há um tratamento específico, apenas sintomáticos.
Desse modo, acredita-se que os verdadeiros números de infecções pelo zika vírus estejam subestimados.

O QUE É MICROCEFALIA?

A microcefalia é uma malformação congênita em que o cérebro do feto não se desenvolve de maneira adequada, apresentando um perímetro cefálico menor do que 33 centímetros ao nascimento. Além de trazer risco de morte, a condição pode ter sequelas graves para os bebês que sobrevivem, como dificuldades psicomotoras (no andar e no falar) e cognitivas (como deficiência intelectual).

O número de casos suspeitos de microcefalia neste ano é mais de 400% maior do que o registrado no ano passado.

ZIKA X MICROCEFALIA

Ainda há dificuldade de se estabelecer a relação direta entre o contágio pelo vírus e os casos de microcefalia porque a infecção pelo zika ocorreu, provavelmente, no primeiro trimestre da gravidez, período no qual há maior risco de se gerar a malformação congênita. Por isso, não era mais possível realizar exames para confirmar a hipótese, já que quando o bebê nasceu a infecção da mãe já havia passado. Mas, depois da suspeita de correlação, as equipes de saúde começaram a realizar punção do líquido amniótico de gestantes com fetos diagnosticados com microcefalia. Em duas dessas gestantes, na Paraíba, se detectou a presença do vírus. Essa foi a primeira vez, no mundo, em que se percebeu a presença do zika no líquido amniótico, o fluido que envolve o feto e ajuda a alimentá-lo.


“Uma vez que a causa da microcefalia ainda não é conhecida, as mulheres que planejam engravidar neste momento devem conversar com sua família e a equipe de saúde sobre a conveniência de engravidar neste momento ou não”, chegou a afirmar o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Claudio Maierovitch, no portal do órgão, em orientação às mulheres do Nordeste.
Já o Ministro da Saúde, Marcelo Castro, confirmou que há uma correlação positiva entre o vírus e os casos de microcefalia. "É o primeiro caso no mundo e, pelo ineditismo, não temos relatos em literatura e em outros países que pudessem nos orientar."
Realmente ainda faltam muitas informações acerca do assunto, mas o mais importante é o alerta de que realmente não podemos medir esforços para vencer o mosquito Aedes aegypti. Vamos redobrar os cuidados em casa e no trabalho. Disso pode depender o futuro das nossas crianças que ainda estão por vir.
Assim que houver mais dados eu passo para vocês! Um abraço!


quarta-feira, 29 de julho de 2015

Vacina contra dengue



Olá pessoal! Hoje tenho uma super novidade!

A vacina contra a dengue já está em processo final de elaboração e a previsão é que esteja liberada para o início de 2016.

Já temos as seguintes informações:
- será liberada para crianças acima de 9 anos
- serão 3 doses com intervalo de 6 meses
- não há informação se estará disponível na rede pública ou apenas na particular
- contará com a proteção contra os 4 sorotipos de vírus
- mesmo quem já pegou dengue poderá ser vacinado
- a vacina irá diminuir em 93% os casos de dengue grave e em 80% os casos de internação

Estou ansiosa para receber mais informações.
Assim que eu souber eu passo para vocês, é claro!!!
Vamos torcer que tudo dê certo!
Abraços!

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Vacina contra Meningococo B: vale a pena fazer?





Olá a todos!

A vacina contra o meningococo B já está disponível no Brasil, mas muitos pais me questionam se vale a pena fazê-la ou não.

Para entenderem melhor sobre as causas, sinais, sintomas e consequências das meningites, leiam o post Tudo sobre Meningites!
Agora que vocês já sabem um pouquinho mais sobre a doença, vamos conhecer melhor esta nova vacina.

No ano de 2014, 22,7% dos casos de meningite bacteriana foram causados pelo sorotipo B do meningococo. Costuma ter evolução rápida e pode deixar sequelas. A doença é mais frequente entre crianças e adolescentes e já está liberada para os bebês a partir de 2 meses de vida.

Crianças com menos de um ano deverão tomar três doses, além de um reforço depois de um ano. Já para as crianças acima de um ano e os adolescentes, a recomendação são duas doses, com intervalo de dois meses entre cada uma.

A vacina é constituída pela proteína da membrana da bactéria, é aplicada pela via intramuscular e apresenta altas taxas de imunização, por volta de 100%!!!!

Algumas mães estão relatando efeitos colaterais como febre e dor no local da aplicação, mas que podem ser resolvidos com analgésicos e antitérmicos.

A vacina ainda não está disponível no Sistema Público de Saúde e ainda não há uma previsão de quando isso ocorrerá.

Assim, a resposta da pergunta inicial é SIM, VALE A PENA FAZER A VACINA!

Espero que tenham gostado! Até o próximo post!

Abraços!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Como lidar com as birras?



Olá pessoal, hoje o post é sobre um assunto que gera muitas dúvidas entre os pais: como lidar com as birras das crianças.

Desde muito cedo, as crianças aprendem a arte da manipulação. Tudo começa com um chorinho quando o bebê não consegue satisfazer seus desejos, mas da mesma maneira que sabem que agradam quando são boazinhas, percebem que podem usar a birra para conseguirem o que desejam.

A teima faz parte do comportamento infantil e costuma se intensificar a partir de 1 ano e meio, quando começa a apresentar certa independência e expressar suas vontades. Porém o primeiro mandamento para lidar com a birra infantil é não se desesperar!

A birra começou. E agora, o que fazer?

1. NÃO PERCA O CONTROLE
É importante ser firme e controlar a situação. O nervosismo pode deixar a criança mais assustada e piorar a birra. No entanto, é necessário também ser acolhedor, mostrando à criança o porque não adianta insistir naquela situação.

2. MANTENHA A SUA DECISÃO
Caso o primeiro item não dê certo, é importante não ceder e manter a sua palavra. Caso contrário, a criança pode ficar cada vez mais autoritária. Desde cedo, precisam entender que não podem ter tudo o que desejam na hora que desejam.

3. EXEMPLIFIQUE
Manter a calma e mostrar uma atitude confiante são essenciais para exemplificar à criança o modo correto de agir. Evite gritar e bater a porta por exemplo. Muitas vezes a criança está apenas repetindo a atitude dos pais.

4. NÃO VALORIZE A BIRRA
Se a criança se sente insegura, ela muda. Ao perceber que os pais não deram a atenção necessária e continuaram seus afazeres, a criança costuma encerrar a birra. Sempre me lembro de um caso que ocorreu no meu consultório. Um paciente não quis ir embora após o término da consulta para continuar brincando e se jogou no chão chorando. A mãe tentou, por diversas vezes, pegá-lo, porém sem sucesso. Então resolveu sair do consultório deixando a criança sozinha. No mesmo momento ele se levantou e saiu. A criança fica preocupada se os pais a deixam.

5. CASTIGUE PROPORCIONALMENTE
A criança precisa entender que seus atos tem consequências. Os pais devem sempre falar a mesma linguagem diante dos filhos e quem coloca no castigo é o mesmo que tira. Sempre! Na orientação da Supernanny Cris Poli, o castigo deve durar 1 minuto por ano de idade em média.

6. SEJA FLEXÍVEL ÀS VEZES
Medir forças com a criança toda vez apenas para mostrar autoridade não é saudável. Deixe para agir com mais flexibilidade nos momentos menos importantes. Algumas coisas podem e devem ser negociadas com as crianças, como deixar ela brincando um pouquinho mais.

7. AJUDE A CRIANÇA ENTENDER O QUE ELA ESTÁ SENTINDO
Na fase de aprendizado, os sentimentos também estão sendo identificados. É importante ajudar a criança a entender porque está agindo daquela maneira.

8. DISTRAIA A CRIANÇA
Além de não valorizar a birra, vale a pena distrair sua atenção para algo diferente e que,consequentemente, a faça parar com o show. Mas isso não significa atender suas vontades!

9. COMPARE A ATITUDE COM A DE OUTRAS PESSOAS
Quando ela percebe seu comportamento errado em outra pessoa, fica mais fácil entender porque não é legal agir daquela forma e ela pode até se sentir envergonhada.

10. NÃO INSISTA EM CONVERSAR NA HORA DA RAIVA
Ninguém quando está com raiva consegue raciocinar. Isso serve inclusive para os adultos!

11. VALORIZE A CRIANÇA
Do mesmo modo que é necessário castigar para que a criança aprenda, valorizar suas boas atitudes também é fundamental para a formação de sua personalidade e para que ela perceba que vale mais a pena obedecer do que fazer malcriação.

12. PREVINA-SE
Evite sair com a criança com fome e sono, pois essas situações aumentam a chance dela se irritar com mais facilidade e logo começar uma birra.

É claro que cada caso é um caso, mas no geral essas dicas costumam dar certo!
Espero que esse guia prático ajude um pouquinho vocês!

Um abraço!