quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Afinal, o que é hiperatividade?



Doutora, acho que meu filho é hiperativo. Ele não pára um minuto!

Essa é uma queixa constante no consultório. Mas o que realmente é hiperatividade? Quais sinais devem chamar nossa atenção?

A hiperatividade é um dos componente do TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.

É normal as crianças serem ativas, sem que isso seja patológico. A diferença está no fato da criança hiperativa mostrar um excesso de comportamentos, além de apresentar dificuldade de concentração, impulsividade e agitação.

Por isso, o diagnóstico costuma ser feito geralmente na fase escolar, momento em que se é exigida uma maior atenção e concentração da criança, com consequente rendimento escolar ruim.

Cerca de 3 a 6% das crianças tem TDAH e em média 60% permanecerão com os sintomas na idade adulta, embora em menor grau de intensidade. A genética é a principal causa do transtorno, assim como tabagismo na gravidez e atraso no amadurecimento de algumas áreas cerebrais. Mas traumas psicológicos e altos níveis de exigência costumam ser os desencadeadores dos sintomas.

Então, a que sinais devemos ficar atentos?
- deixa de prestar atenção a detalhes;
- comete erros por descuido com frequência;
- dificuldade para manter a atenção, mesmo em tarefas simples e interessantes;
- dificuldade de organização;
- facilidade em se distrair com estímulos alheios;
- esquecimento frequente;
- agitação das mãos ou dos pés, principalmente quando sentado ( sensação de inquietação );
- dificuldade para brincar em silêncio;
- fala, corre ou escala em demasia;
- dificuldade para aguardar sua vez;
- dá respostas precipitadas.

Essas crianças costumam ser estigmatizadas como os bagunceiros da turma ou até vagabundos. Muitas mães se sentem culpadas, pensando que não souberam educar seus filhos de forma correta. Mas como vocês leram, isso não é desobediência, é uma doença. Por isso é importante fazer o diagnóstico precoce e iniciar o tratamento o quanto antes, para que essas crianças não tenham consequências no futuro como maior possibilidade de uso de drogas, depressão e transtornos de conduta.

O tratamento é baseado em medicamentos e psicoterapia. É importante que toda a família e professores participem dessa etapa.

Fiquem atentos!

Um abraço!

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